domingo, 4 de dezembro de 2011

O COMBATE DO CERRO DA PALMA

                                                             Cerro da Palma

Por Cássio Lopes

Nos últimos anos da guerra dos farrapos, o império através da ação do então Conde de Caxias, tinha o domínio quase total do território da província.    
A resistência farroupilha se situava na Região da Campanha onde os remanescentes do Exército Republicano se mantinham em luta, mais de guerrilha do que guerra convencional. A frente de uma das mais atuantes colunas do exercito imperial, agia nesta região o destemido Tenente Coronel Francisco Pedro de Abreu, de apelido “Chico Moringue”, todos os farrapos tinham ardente desejo de encontrá-lo e vencê-lo. O Coronel Antonio Manoel do Amaral foi sempre um “sedicioso”, desde o inicio do movimento liberal rio-grandense, e iniciou sua vida militar, em Rio Pardo sob as ordens do Coronel Corte Real.  Por constantes atos de bravura foi galgando postos até atingir a patente de Coronel, como o encontramos, no inicio de 1844, estacionado em Bagé a frente de cerca de 200 homens.  Desejando um confronto com “Chico Moringue”, o Coronel Amaral achou chegada à oportunidade, quando teve conhecimento que aquele chefe imperial marchava sobre Bagé, então iniciou a execução de um plano para envolvê-lo.  No dia 12 de março de 1844 deu ordem ao Tenente Coronel, Camilo dos Santos Campelo, para que marchasse em direção a Vila de Piratini, acampando no Passo das Mortes no Arroio Quebracho. Determinou ao Major Mariano Gloria que deixasse o acampamento no Rodeio Colorado e ocupasse as nascentes do mesmo Arroio.  No dia seguinte se retirou de Bagé para se reunir com Campelo e fazer junção com o Major José Marques, suas forças agora eram de 210 homens. Ao se completar a reunião de suas forcas soube que “Chico Moringue” havia tomado Bagé, fazendo prisioneiro o Ministro da Fazenda Domingos Jose de Almeida e vários oficiais. Vinte e quatro horas depois os imperiais abandonaram o povoado e reiniciaram marcha em direção ao Rio Negro, para no dia 15 estarem no Passo de Candiota, eram 260 homens bem montados e bem armados. O Coronel Amaral, que, com seus bombeiros vinham observando esta marcha de “Chico Moringue”, foi procurando envolvê-lo. Sentindo-se já quase cercado pelos farrapos, o chefe imperial procurou uma forte posição, em que se colocaria em defensiva, obrigando o inimigo a uma arriscada operação ofensiva.  Assim, colocou-se na encosta do Cerro da Palma, entre os Arroios Candiota e o Candiotinha, lugar privilegiado, circundado de banhados e coberto de gravatás. 
                         Banhado e Escarpa do Cerro da Palma
                          Visão Privilegiada do Cerro da Palma
 Estava assim a forca imperial em condições de esperar um ataque, com vantagem de posição.  As diferentes provocações não eram aceitas por “Moringue”, mas o Coronel Amaral estava disposto a tudo fazer para enfrentar e vencer o bravo adversário. Por isso temerariamente resolveu atacar. A galope e toque de clarim os farrapos venceram o banhado, subiram num fôlego o aclive da encosta e carregaram com bravura, sem temer a forte descarga a queima roupa que receberam dos imperiais estaqueados a sua espera. O entrevero foi violento e o combate um corpo a corpo inusitado, teve a duração de duas horas.  O Coronel Francisco Pedro de Abreu, Chico moringue, foi ferido pelo Tenente Coronel Camilo Campelo sendo atingido na cabeça e nas costas, perdendo sangue iniciou uma retirada, protegido por uma dúzia de homens, em sua perseguição saiu o major Mariano Gloria, até as pontas dos Arroios Jaguarão e Torrinhas. A retirada do chefe imperial, contudo, não trouxe o desanimo em seus comandados, o Major Antonio Israel Ribeiro, ficou em campo fazendo tenaz resistência aos farrapos. Sentindo o Coronel Amaral que os seus comandados chefiados por Campelo e José Marques estavam encontrando dificuldades para vencer os imperiais, mandou interromper a perseguição a Moringue, voltando para efetivar uma carga final contra os que resistiam. Vencida a ultima resistência, ficaram os farroupilhas vitoriosos no Cerro da Palma.  Os imperiais perderam metade de seu efetivo, 23 mortos no campo de luta e 40 durante a perseguição, além de 93 prisioneiros, entre os mortos 4 oficiais. Como presa de guerra muita munição, armamento, cavalhada, e correame. Da parte do Coronel Amaral, a informação de haver perdido 4 homens, ficando 4 oficias feridos e 17 soldados.  A vitória foi celebrada com grande aclamação, e ao Coronel Antonio Manoel do Amaral foi oferecido um copo de chifre, lavrado a fogo com os seguintes dizeres:
Campo da gloria no Cerro da Palma 16 de marco de 1844
Quer no monte quer no prado
Cresça erva arbusto e flor
Cresça em nos por toda a parte
União paz e amor 
Quer estranho peregrino
Derrotado ou vencedor
E dever com eles termos
União paz e amor.
Esta relíquia encontra-se no Museu dom Diogo de Souza em Bagé.
        O Coronel Antonio do Amaral morreu em 21 de junho de 1844, com 34 anos de idade, na cidade de Jaguarão, depois de tela tomado dos imperiais, para se abastecer de roupas e gêneros, para o exercito farroupilha, quando se retirava na altura da praça principal, foi atingido pelos tiros dos imperiais.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

José Francisco Lacerda, o “Chico Diabo”

Coronel Joca Tavares (terceiro sentado, da esquerda para a direita) e seus auxiliares imediatos, incluíndo Francisco Lacerda, mais conhecido como "Chico Diabo" (terceiro em pé, da esquerda para a direita)


Por Cássio Lopes



José Francisco Lacerda nasceu no ano de 1848 no atual município de Camaquã. Como os seus pais eram pessoas de parcos recursos, ainda guri, conseguiu emprego em uma carniçaria de propriedade de um senhor de nacionalidade italiana no município de São Lourenço onde eram confeccionados produtos como salames, lingüiças, charque, etc... Tudo corria muito bem quando num determinado dia do ano de 1863, após o almoço, o seu patrão deixou-o cuidando a carniçaria e foi atender ao seu antigo hábito da sesta; por um descuido, um cachorro entrou no recinto onde estava guardada a carne para ser trabalhada e conseguiu roubar um pedaço; quando o patrão levantou, Francisco, imediatamente, comunicou-lhe do acontecido o que provocou uma forte reação do italiano manifestada por uma impar xingada no moço que, diante da inusitada situação, disse-lhe que iria embora para a casa dos pais; porém, o colérico senhor retrucou-lhe dizendo que o mesmo não sairia dali sem, antes, apanhar uma surra; após essas palavras, encerrou-o na carniçaria, atou a porta da mesma com um tento e, com um relho, começou a bater-lhe ao redor de uma mesa de trabalho onde Francisco corria procurando defender-se sem sucesso. Em dado momento, Chico conseguiu apanhar uma faca, tipo carneadeira, que havia sobre a mesa e investiu desesperadamente contra o seu agressor atingindo-o mortalmente no abdômen; quando o moço percebeu que havia morto o seu patrão, tentou cortar as dobradiças da porta que eram de couro, mas, como estas estavam ressequidas, não logrou êxito, o que o fez cortar o tento que amarrava fortemente aquela abertura. Quando sentiu-se livre, imediatamente, fugiu para a casa de seus pais no município de Camaquã onde chegou a primeira hora da manhã do outro dia tendo, portanto, caminhando a pé, toda a tarde e toda a noite; é nesse momento que José Francisco Lacerda recebeu o cognome de “Diabo” e o carregou por toda a sua existência. No momento em que os seus pais perceberam que vinha alguém atalhando o campo em direção a sua morada, tão cedo da manhã, antes de identificar de quem se tratava, a sua mãe teria dito: - “Garanto que é aquele “Diabinho” que vem vindo”! Esclarecidos os motivos da sua fuga, os pais providenciaram a imediata remoção de Chico Diabo para a propriedade do seu tio Vicente Lacerda em Bagé, onde chegou com 15 anos de idade. Em 1865, portanto, com 17 anos, quando uma força de “Voluntários da Pátria” passava pela residência do seu tio, o então Coronel Joca Tavares, que a comandava, convidou-o para integrar aquele contingente o que foi prontamente aceito, e o consentimento do seu tio Vicente Lacerda concretizou sua participação na Guerra do Paraguai onde celebrizou-se na história sul americana por haver lanceado, na virilha, o Ditador do Paraguai Francisco Solano Lopez, no dia 1º de março de 1870 no local denominado Cerro Corá (naquele país) pondo fim ao mais significativo conflito bélico da América do Sul. Embora tenha sido prometida uma quantia de 100 libras de ouro para quem matasse Solano Lopes, Chico Diabo recebeu, pelo serviço, 100 vaquilhonas. Trouxe consigo a faca de prata e ouro que usava Solano Lopes quando foi morto eis que as iniciais em ouro eram as mesmas suas FL (Francisco Lopes – Francisco Lacerda). 
                                                 Solano Lopes
                            Ilustração da morte do ditador Paraguaio

A história da lança que Chico Diabo usou na Guerra do Paraguai, encontra-se no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Esse personagem possuía uma fração de campo nas imediações da Encruzilhada onde residia. Ao retornar do Paraguai em 1871, casou-se com a sua prima Izabel Vaz Lacerda com a qual teve quatro filhos: Luiz, João Maria, Francisco Bino e Josefa que faleceu aos três anos de idade. Chico Diabo capatazeou a famosa Estância do Pavão, em Caçapava do Sul, época em que trouxe, de Camaquã, o seu irmão Anibal para ajudá-lo e só abandonou esse trabalho quando o seu filho João adoeceu gravemente e pediu-lhe que o trouxesse para a casa do Avô Vicente porque, ali, desejava morrer o que, felizmente, não aconteceu. Posteriormente, Chico Diabo foi capataz da Estância do Piraí. José Francisco Lacerda faleceu repentinamente no Uruguai em 1893 quando realizava um trabalho para o General Joca Tavares; nessa época, possuía uma economia de 90 contos de réis e estava adquirindo uma fração de 8 quadras de sesmaria no lugar onde, hoje, encontrava-se a Vila Malafaia. Após a sua morte, esse dinheiro foi repartido em partes iguais para os seus três filhos. Os restos mortais do Chico Diabo levaram muitos anos para chegarem ao Brasil e isto só foi possível porque sua esposa Izabel Vaz Lacerda pagou uma enorme quantia, em dinheiro, para um uruguaio roubá-los e, ao recebê-los, o identifcou por uma cicatriz de fratura que havia em uma das suas pernas. Os seus restou mortais estão sepultos, sob o piso da capela, no túmulo da família no Cemitério da Guarda onde foi colocada uma lápide, pelo núcleo de pesquisas históricas de Bagé no dia 30 de outubro de 2002 na presença de suas netas Silvina e Josefa Lacerda.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Quem foi Adão Latorre?


Por Cássio Lopes

Oriundo do Uruguai fixou residência no interior de Bagé. Adão Latorre sobre o qual pesam as acusações de haver degolado no dia 28 de novembro de 1893 em torno 300 prisioneiros no combate do Rio Negro,(nos campos do atual município de Hulha Negra); segundo testemunhas oculares do acontecimento, foram degolados realmente e no máximo, 34 pessoas já que, após o combate e antes da degola, foram contados 270 mortos espalhados no campo da batalha.
Na importante obra “Alma, Sangue e Terra” de Cândido Pires de Oliveira, encontramos às páginas 189 e 190, uma nota sobre Latorre cujo conteúdo é uma transcrição de um depoimento do próprio Adão feito ao Sr. João Cavalheiro durante a revolução de 1923 com o seguinte teor:
Depois de haver participado da Guerra do Paraguai ao lado de Joca Tavares, ao eclodir a revolução de 1893, novamente, ingressou nas forças daquele general. Ao partir para a revolução, deixou em sua residência, como guardião de sua esposa e filhos, o seu pai já com avançada idade. Passando por aquele local um contingente castilhista, seus componentes assassinaram cruelmente o seu pai, conduziram ao acampamento a esposa e filhas que indefesas, foram submetidas a estúpidas sevícias. Por ocasião do combate do Rio Negro, Adão Latorre logrou aprisionar os responsáveis por aqueles crimes horrendos contra a sua família. Valendo-se de testemunhas, que identificaram um por um dos assassinos, os abateu degolados. Entre os executados estava o Coronel Legalista Manoel Pedroso.
No livro nº 4 dos Contratos Diversos do 8º Distrito, encontramos registrado no dia 27 de setembro de 1922 o Testamento do Lendário Cel. Adão Latorre que possui o seguinte teor: “Adão Latorre, solteiro, uruguaio, com 83 anos de idade, domiciliado no 1º Distrito a quem conhecemos e atestamos a sua perfeita sanidade, declara em seu testamento sua última vontade pela maneira seguinte: Que não tendo herdeiros necessários, descendentes ou ascendentes, embora reconhecendo verdadeiros e naturais os seus dois filhos havidos com Maria Francisca Nunes, brasileira, solteira já falecida, João Latorre com 52 anos de idade e Nicamoza Latorre com 42 anos, solteiros, uruguaios, residentes no município, deixa oito braças de sesmaria e a casa para Josefina Machado companheira com que reside, cuja área tem limites com a propriedade de Gaudêncio Furtado de Souza e a estrada real de Bagé ao Camaquã e nomeia como testados  Gaudêncio Furtado de Souza e substituto Vergílio Alfredo de Almeida. Testemunhas: Plínio Azevedo (funcionário público), José Otávio de Lima (comerciante), Miguel Ravizo (comerciante), Anaurelino Francisco Ferreira (funcionário público) e Jônatas José de Carvalho (proprietário). Escrivão ao Sr. José Maria Lopes”.
Adão Latorre morreu fuzilado no dia 15 de maio de 1823, no combate do Santa Maria Chica (Passo da Ferraria) município de Dom Pedrito, após sofrer emboscada dos capangas do Major  Antero Pedroso. (Irmão do Coronel Manoel Pedroso)
 Pedro Antônio de Souza Neto (tio Pedro), ferreiro do antigo 12º RC, hoje 3º Batalhão Logístico (Batalhão Presidente Médici), foi quem no ano de 1923, com a patente de 3º sargento do Exército, foi designado a integrar um pelotão para fazerem o translado do corpo de Adão Latorre do Passo da Maria Chica para Bagé, onde foi sepultado no cemitério dos anjos.
Adão deixou 13 filhos dos quais 9 eram Uruguaios e dois deles possuíam o nome de João.
Cássio Lopes, presidente do Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota, salienta que além de Adão Latorre, existiram outros uruguaios, que lutaram na Revolução de 1893, defendendo a causa Maragata, podendo destacando o valente General Aparicio Saraiva e sua força, que era composta por vários de seus compatriotas. 

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

História do Cemitério da Guarda


Por Cássio Lopes

Após a assinatura do Tratado de Santo Idelfonso, de 1777, no qual delimitava a fronteira entre Portugal e Espanha no território do atual estado do Rio Grande do Sul.  Foram enfim instalados em 1786, os marcos divisórios correspondentes a ambos os reinados.  Em Bagé, além da grande guarda fronteiriça de São Sebastião, foi criada outra guarda de pequeno porte que ficava localizada a pouco mais de 600 metros da Estância do Sobrado. Segundo a tradição oral, pelo falecimento natural de um oficial da referida guarda, o mesmo foi sepultado em um local próximo onde foi confeccionada e posta uma cruz de ipê a partir de um cabeçalho de carreta; essa cruz permaneceu naquele local até ano de 1957. Esse acontecimento deu origem ao conhecido Cemitério da Guarda. Outro detalhe interessante ligado à história desse cemitério, é que a primeira árvore que cresceu em seu interior, foi um pé de murta que, segundo relatos, teve origem de uma cruz feita com dois galhos verdes daquela árvore e, por haver brotado a haste vertical, tornou-se um exemplar de grande porte tendo existido até o ano de 1940; essa árvore era considerada um símbolo daquele campo santo. Atualmente o Cemitério da Guarda possui a sua frente para o nascente, mas o mesmo começou tendo a frente voltada para o lado poente. Dentre várias pessoas ali enterradas, destaca-se a figura do Cabo José Francisco Lacerda, conhecido popularmente como “Chico Diabo”, que se notabilizou por ter ferido mortalmente, com uma lançada o ditador Francisco Solano Lopez, em Cerro Corá, nos campos do Paraguai, no dia 1º de março de 1870, dando assim, fim a Guerra da Triplice Aliança, após seis longos anos de lutas. Cássio Lopes presidente do Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota salienta que além do Cemitério da Guarda existem diversos outros de relativa importância histórica, podendo citar: Cemitério da Bolena, Cemitério das Tunas e Cemitério dos Anjos, este onde repousam os restos mortais do Coronel Maragato Adão Latorre, que lutou nas Revoluções de 1893 e 1923.
O então Coronel João Nunes da Silva Tavares, conhecido comoJoca Tavares (terceiro sentado, da esquerda para a direita) e seus auxiliares imediatos, incluíndo Francisco Lacerda, mais conhecido como "Chico Diabo" (terceiro em pé, da esquerda para a direita).

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Túmulo Chico Diabo
Túmulo Adão Latorre

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Cemitérios de Candiota serão objetos de estudo de Pesquisadora Uruguaia


Por Cássio Lopes

Foi através de uma simples busca na internet, que Elena Saccone, pesquisadora da faculdade de humanidade e Ciências da Educacão, da Universidade da República de Montevideo encontrou no bolg do Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota material para sua Tese de Graduação em arqueologia intitulada “panteones rurales” de la frontera entre Uruguay y Río Grande do Sul. Sua pesquisa busca fazer comparações entre os mausoléus construídos em ambos os países, que datam entre 1860 e 1930 que se encontrem em zonas rurais ou estejam dentro de cemitérios de campo. 
Com essas características, os sítios sepulcrais pesquisados foram o Mausoléu do Brigadeiro Manoel Lucas de Lima e o Cemitério Alto Santa Rosa. Após levantamento arquitetônico, fotográfico, histórico e mapeamento dos locais. O resultado do estudo foi então remetido. Cássio Lopes, presidente do Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota destaca que além dos cemitérios pesquisados, existem diversos outros de relativa importância histórica, podendo destacar: “Cemitério dos Marimom”; “ “Cemitério dos Monte”,;“Cemitério dos Lucas” e “Cemitério dos Urdangarim”. “Ficamos felizes em poder colaborar com tão importante estudo e extremamente satisfeitos em saber que pontos históricos e turísticos de nosso município ultrapassaram a fronteira e serão conhecidos por nossos hemanos Uruguaios”. Completa Lopes.  

Dom Diogo de Souza poderia ter fundado Candiota ao invés de Bagé


Por Cássio Lopes

No estudo da história Militar do Sul do Brasil, a Coxilha Grande é conhecida como caminho histórico das invasões.
Em verdade a penetração para o norte ou para o sul nestas bandas, sempre se fez tomando o alto da Coxilha Grande, ou margeando o Rio Negro com movimentos sobre os pontos mais iminentes, num serpenteio sobre o divisor das águas deste e do Jaguarão.
                Assim aconteceu com os jesuítas que vieram do sul, como conta o Padre Nosdorffer, em fins do Século XVll, assim foi o que resultou do Tratado de Madri de 1750, assim a caminhada do Marquês de Val de Lírios em 1754, assim Vertiz y Salcedo quando veio estabelecer  Santa Tecla e Luiz Ramirez quando entregou essa praça para Rafael Pinto Bandeira.
                Todos os caminhantes deixavam o lugar onde se ergue os serros de Bagé, à esquerda ou à direita.
                Não foi outra a estratégia de Dom Diogo de Souza, quando planejou o movimento de seu Exército Pacificador rumo a Montevidéu. Pela Coxilha Grande deveria ser a penetração. Por isso, em 19 de novembro de 1810, estando em Rio Grande, determinou ao Marechal de Campo Manuel Marques de Souza que escolhesse um lugar nas nascentes do Rio Jaguarão ou nos Rincões de Santa Tecla, para estabelecer o acampamento de sua coluna.
                Quando o Comandante da Guarda de Serrito, Hipólito do Couto Brandão, designado para ver o melhor lugar, informou que, em condições de abrigar um exército, só havia um lugar: “O Capão das Laranjeiras”, nos campos de Fernando Lucas, ao pé de Santa Rosa, junto ao Arroio Candiota. Não aceitou Dom Diogo de Souza a sugestão e confirmou suas anteriores preferências.
                Manoel Marques de Souza, embora se fixando numa região militarmente conhecida, não se fixou em nenhum dos lugares já utilizados em outras campanhas, dando preferência por uma nova ocupação: “ao nascente dos Serros de Bagé”.
                Nas diversas vezes visitas que fez ao acampamento de Bagé, Dom Diogo percebeu o acerto de sua escolha e pressentiu as possibilidades do lugar e, por isso, face às circunstancias do momento, não desfez o acampamento e nem o abandonou à sua sorte. Em 17 de julho de 1811, chamou o Tenente de Dragões Pedro Fagundes de Oliveira, que comandava a Guarda de São Sebastião, e o designou comandante deste campo e seu Distrito, dando-lhe autoridade necessária para que o acampamento se fizesse um povoado. Antes fora além, e contrariando as normas de seu comando, autorizou que os oficiais e soldados trouxessem suas mulheres e famílias para esse ponto, constituindo assim, com as que vieram de São Sebastião o núcleo gerador da gente desta terra.
                “Se Dom Diogo tivesse aceitado a sugestão de Hipólito Brandão, e instalado seu exército no local indicado, lugar privilegiado, onde se dispõe de recursos necessários para instalar um ótimo acampamento para abrigar um grande efetivo de contingentes, poderia ter surgido em Candiota um povoado, com grandes possibilidades de prosperar e se tornar Vila e posteriormente Cidade.”Destaca  Cássio Lopes, presidente do Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota.

               

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Luís Gonçalves das Chagas - Barão de Candiota

Por Cássio Lopes

Luís Gonçalves das Chagas, primeiro e único Barão de Candiota (Rio Grande do Sul, c.1815 — Porto Alegre, 1894) foi um estancieiro, militar e nobre brasileiro.

Proprietário de grande extensão de terras nos municípios de São Gabriel, Bagé e Santa Maria, Chagas lutou na Guerra dos Farrapos pelo lado republicano. Participou da primeira grande vitória dos rebeldes, a Batalha do Seival (10 de setembro de 1836), ocorrida nas proximidades de estância sua no atual município de Candiota
Segundo estimativa baseada no patrimônio de um de seus filhos, Januário Gonçalves das Chagas, o conjunto das propriedades rurais do Barão de Candiota deve ter superado os 500 mil hectares (cerca de 2% da área total do Rio Grande do Sul). Roque Callage observava em 1929 que o Barão poderia ir das coxilhas de Santa Maria à cidade de Bagé "sem pisar fora dos seus campos".
Em 1865, Chagas forneceu a escolta do Imperador Pedro II em sua visita ao Rio Grande do Sul por ocasião da Guerra do Paraguai. Naquele mesmo ano, organizou regimento de cavalaria para lutar pela Tríplice Aliança. Por seus serviços ao Brasil durante o conflito, foi agraciado por Pedro II com o título de Barão de Candiota, em 20 de março de 1875

Pesquisadores Resgatam a História do Coronel Manoel Lucas de Oliveira


Por Cássio Lopes

Manoel Lucas de Oliveira nasceu em Povo Novo em 29 de janeiro de 1797. Falecendo em Rio Grande em 1874. Estancieiro nas proximidades do Arroio Candiota, era casado com sua sobrinha Inês Lucas de Oliveira. Combateu na Revolução Farroupilha em várias importantes batalhas, como um dos principais líderes da Revolução no Rio Grande do Sul, entre elas a batalha do Seival, quando depois da vitória, ajudou a convencer o comandante Antônio de Sousa Netto a proclamar a República Rio-Grandense, nos campos dos Meneses, as margens do Arroio Jaguarão, declarando assim separado o Rio Grande do Sul do Império do Brasil em 11 de setembro de 1836. Foi capturado em 25 de março de 1840, junto com Onofre Pires, perto da Quinta do Bibiano, margem direita do Rio Jacuí, junto com 60 infantes, 4 carretas de fazendas, 2 peças de Artilharia e munição. Foi depois libertado em troca de prisioneiros. Em São Lourenço do Sul, na localidade de Boqueirão, venceu batalha contra a tropa do imperial Francisco Pedro de Abreu. Foi ministro  da República Rio-Grandense e terminou a revoluçção no posto de coronel. Assinou uma das três declarações de paz, firmada em 28 de fevereiro de 1845, em nome de Gomes Jardim, presidente da República Rio-Grandense, encerrando a revolução de mais de 9 anos. Em 1847 foi nomeado Coronel da Guarda Nacional e comandante dos municípios de Piratini, Bagé e Jaguarão. Foi eleito deputado provincial na 3ª Legislatura da Assembléia do Rio Grande do Sul, em 1848. Depois foi responsável pela organização do primeiro corpo de Voluntários da Pátria para Guerra do Paraguai em 1865. Também participou como comandante de uma brigada de reserva nas Guerras Platinas contra Oribe e Rosas.
 Manoel foi pioneiro na produção de minério na região, em 06 de julho de 1865, assim relata em seu diário: “Hoje está melhor a atmosfera eu vou ir a Caleira. Fui e vi a metade da pedra do forno está calcinada e amanhã vão começar a recolhê-la. Vim com o Sebastião pela pedreira nova e tirou umas pedras para fazer a experiência; eu trouxe também. À noite ocupei-me a fazer um calculo sobre as despesas e rendimentos que pode ter a Caleira em um ano, fazendo duas fornadas de dois em dois meses, e achei dar livre de despesas, a todos juntos= 4.788 patacões, e cada um dos três, 1.596. Trabalhando com quatro peões bons e efetivos, dando a cada um para o etape – meio patacão diário e de salário, dez patacões por mês”. Cássio Lopes, presidente do Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota, destaca quem quiser conhecer as caleiras, as mesmas localizam-se no assentamento do Passo do Tigre, a margem direita do Arroio Candiota, próximo a Cimbagé.

Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota Recebe livros de historiador Bageense.


Por Cássio Lopes

Após breve contato com Maria Bartira Taborda, filha do renomado historiador Tarcisio Antônio Costa Taborda, Cássio Lopes presidente do Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota, salientou o interesse da entidade em adquirir os livros do pesquisador. Algumas semanas após, para surpresa de todos, Bartira, consegui boa parte da obra de seu pai, a qual fez a questão de doar o acervo para os Pesquisadores Candiotenses. Tarcísio Antonio Costa Taborda foi historiador, professor e escritor, nasceu em Bagé em 13.07.1928 / 13.03.1994. Filho de Áttila Taborda e de Julia Costa Taborda. Exerceu entre 1951/55, o magistério secundário nos Ginásios Espírito Santo, Profª Melanie Granier e Colégio N. S. Auxiliadora, lecionando História do Brasil, Elementos de Economia Política, Português e Latim. Em 1952, foi bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do RGS. Exerceu o magistério superior nas Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras e de Direito na FunBA (Faculdades Unidas de Bagé). Fundou em Bagé, o Museu Dom Diogo de Souza em 1955 e
Museu Patrício Corrêa da Câmara em 1970. Os Livros que foram doados para núcleo, são: “Bagé; Símbolos e Festas”(1990); “Bagé e a Revolução Farroupilha”(1985); “Perfis”(1998); “Datas Importantes de Bagé”; “Fontes para a História da Revolução de 1893”(1987); “Forte Santa Tecla”; “Abolição da Escravatura em Bagé”(1984) e “Bagé para Sempre”(1981). Agradeço Bartira pela doação dos livros, os mesmos serão de grande valia para nossas pesquisas”. Completa Cássio Lopes.

terça-feira, 3 de maio de 2011

PESQUISADORES RESGATAM A HISTÓRIA DE UM DOS PRIMEIROS MINEIROS DE CANDIOTA

Por Cássio Lopes

A atividade de extração de carvão sempre ocupou destaque em nossa região. O Coronel Manoel Lucas de Oliveira, que possuía estância próxima ao Arroio Candiota, assim descreveu no seu diário em 1864: “Coronel Lima(Manoel Lucas de Lima) e o “Moringue” (Coronel Francisco Pedro Buarque de Abreu)andam vendo minas de carvão. Não sei como pode, nosso país empenhado na guerra do Paraguai e outros preocupados com carvão”.
Em 1890, Emilia Reverbel, então viúva do Brigadeiro Manoel Lucas de Lima, ganhou através de decreto, autorização do governo para extrair de carvão em pedra em sua propriedade, localizada próximo ao Passo do Tigre.
Com a inauguração da estrada de ferro que ligava Bagé a Rio Grande, a atividade ganhou forças, pois surgiram várias minas de carvão próximas às estações. Uma delas trabalhou o Sr. João Maximo Lopes, juntamente com seu pai Norberto Vaz Lopes, o qual arrendava terras de propriedade do Sr. Luiz Chirivino. A Produção era totalmente artesanal, além do carvão eram comercializados o barro refratário, e o caulim, este usado na produção de louças e cerâmicas. A Mina funcionou de 1940 a 1950, possuía seis operários permanentes e diversos carroceiros contratados, que transportavam o carvão até a Estação Dario Lassance, onde era boleado de pá para plataformas com capacidade máxima de 30 toneladas. Seu João esteve recentemente visitando Candiota e o NPHCAN. Na oportunidade mostrou a mina onde trabalhava e os ranchos onde residiam que ficavam localizados próximo ao pavilhão da CRM.
“Quando era jovem, sonhava com um futuro promissor,  mas hoje percebo que “aquele tempo” foi realmente os anos de ouro de minha vida”. Comenta Lopes, emocionado.
Foi através do exemplo e motivação do Núcleo de Pesquisas Históricas de Camaquã, do qual Seu João Lopes é fundador, o Núcleo de Candiota foi criado. Enfatiza Cássio Gomes, Presidente da entidade.
O Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota, esta de portas abertas para comunidade. Quem quiser participar de suas reuniões, as mesmas acontecem todas as primeiras segundas-férias de cada mês, as 19 horas, na Rua João Magalhães Filho, 590 em Dario Lassance.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

NÚCLEO DE PESQUISAS HISTÓRICAS DE CANDIOTA MAPEA PROVÁVEL LOCAL DA BATALHA SEIVAL

Por Cássio Lopes

Em trabalho de pesquisa de campo, integrantes do Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota-NPHCAN visitaram a propriedade do Sr. Mario Salis, localizada na estrada do Arbolito, Terceiro Distrito do Baú, interior do Município de Candiota. Na oportunidade foi conhecido o provável local da Batalha do Seival, ocorrida em dez de setembro de mil oitocentos e trinta e seis, onde foi proclamada a República Rio Grandense, após a vitória dos Farroupilha comandada pelo General Antônio de Souza Netto e Coronel Manoel Lucas de Oliveira sobre as forças legalistas chefiadas pelo Coronel João da Silva Tavares. Também foi conhecida a “Picada do Zeca Netto”, local que atravessa o Arroio Seival, onde o importante líder maragato fazia seus deslocamentos e manobras militares na revolução de mil novecentos e vinte e três. Confira o breve resumo de como se travou a mais famosa de todas as batalhas da Revolução Farroupilha:
O coronel legalista João da Silva Tavares tinha se refugiado no Uruguai, depois de reveses que sofreu em combates isolados. Voltou para a Província em setembro de mil oitocentos e trinta e seis, comandando uma força de quinhentos e sessenta homens, a maior parte recrutada entre rio-grandenses no exílio. Bem armado, Tavares provocou os farroupilhas, passando pela região de Candiota, território guarnecido pela tropa do coronel Antônio de Souza Netto, formada por quatrocentos soldados, muitos dos quais eram   uruguaios.
No dia dez de setembro, os inimigos se encontraram nas margens do Arroio Seival. Inicialmente houve pequena vantagem das forças imperiais, mas o cavalo de Silva Tavares, com o freio rebentado na peleia, disparou em velocidade, causando a impressão de fuga, mesmo entre seus comandados. A confusão entre eles foi aproveitada pelos cavaleiros de Netto, que atacaram com força redobrada. O resultado deste mal-entendido foi ficarem os revoltosos quase intactos, enquanto houve cento e oitenta mortos, sessenta e três feridos e mais de cem prisioneiros do lado dos imperiais. No dia seguinte, após a renhida luta, Netto marcha para o Campo dos Meneses onde proclama a INDEPENDÊNCIA DO RIO GRANDE DO SUL, sob a forma republicana.

Cássio Lopes, Presidente da entidade, relata que existem trincheiras de guerra nas barrancas do arroio, as quais foram usadas pelos farroupilhas na emboscada contra as forças do império. No Passo foram encontrados dois binóculos e três ponteiras de lanças. “Todas as evidências são concretas, nos levando a crer que esse Passo sobre o Arroio Seival, tem grandes possibilidades, de ter sido realmente o local onde se travou a batalha que culminou no feito mais importante da história Sul Rio Grandense.” Completa Lopes.  

quinta-feira, 31 de março de 2011

NÚCLEO DE PESQUISAS HISTÓRICAS DE CANDIOTA MAPEA O MAUSOLÉU DO BRIGADEIRO MANOEL LUCAS DE LIMA


Por Cássio Lopes


Em trabalho de pesquisa de campo, pelo Passo do Tigre, Segundo distrito de Jaguarão Grande em Candiota, integrantes do Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota-NPHCAN visitaram o Mausoléu do Brigadeiro Manoel Lucas de Lima, conhecido popularmente como “Cemitério da Igrejinha. O Mausoléu, construído no final do século XIX, chama atenção pela beleza de seus detalhes em estilo Néo-Classico. Além de Manoel estão sepultados no local diversos parentes, sendo que foi possível a identificação de: Maria Pimentel de Lima e sua esposa Emilia Reverbel de Lima. Distante cerca de 500 metros do Mausoléu existe um túnel subeterraneo que provavelmente foi usado para fins de militares. Seu acesso é de difícil investidura, pois foi escavado praticamente “a pique”, sua fenda de entrada somente é possível através de rastejo e seu interior lembra uma caverna, onde pode abrigar tranquilamente de 3 a 4 pessoas. “Acreditamos que o túnel servia como ferramenta para surpreender inimigos, pois conforme relato de moradores da região, existia outra entrada do mesmo, distante 300 metros, atualmente atulhada.” Comenta Cássio Lopes, presidente da entidade. Para melhor conhecimento da comunidade o Núcleo fez um breve esboço da vida do Brigadeiro Manoel Lucas de Lima:

             
  • Nasceu no segundo distrito de Piratini em 21 de Janeiro de 1815, filho de Vicente Lucas de Oliveira e Florencia Gomes de Lima.
  • Ingressou em 1835 como praça na Revolução Farroupilha, no qual foi ferido por bala na articulação do punho direito, na Batalha do Ponche Verde. Concluiu a revolução no posto de capitão.
  • Em 1851 lutou na guerra contra o ditador Rosas.
  • Em 1865 casou-se com a Sra. Emilia Reverbel Lima.
  • Foi comandante das guarnições da fronteira de Jaguarão, Bagé e Quarai.
  • Em 1866, já coronel, comandou na Guerra do Paraguai, dez corpos de cavalaria. Decorrido dois anos em solo paraguaio, foi acometido por terrível moléstia que o obrigou retornar a pátria.
  • Após uma vida dedicada, de 49 anos de valorosos serviços prestados a pátria, faleceu aos 68 anos em 25 de abril de 1883 na cidade de Bagé.
             

CANDIOTENSES FUNDAM NÚCLEO DE PESQUISAS HISTÓRICAS


Por Cássio Lopes

Após vários meses de tramites burocráticos, um grupo de Candiotenses conseguiu em fim fundar o Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota. A organização tem como finalidade desenvolver, pesquisar, identificar, divulgar, defender, documentar, estudar e conservar o patrimônio histórico cultural e ambiental de Candiota e Região. Sua diretoria está assim composta: Presidente: Cássio Gomes Lopes, Vice-Presidente: João Henrique Dill Duarte, Secretário: Luiz Carlos Machado Nunes, Tesoureiro: Severino Rudes dos Santos Moreira, Conselho Fiscal: Ivan Renildo Kasper, Cláudio Greco Castañeda e Daiana Moura Etcheverria. “Estamos engajados em resgatar a história da nossa terra e convidamos a todas as pessoas que gostam de história, não só de Candiota, bem como toda região, que participem conosco dessa empreitada para que possamos unir forças para desenvolver esse importante e valoroso trabalho”. Salientou Lopes.