sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Luís Gonçalves das Chagas - Barão de Candiota

Por Cássio Lopes

Luís Gonçalves das Chagas, primeiro e único Barão de Candiota (Rio Grande do Sul, c.1815 — Porto Alegre, 1894) foi um estancieiro, militar e nobre brasileiro.

Proprietário de grande extensão de terras nos municípios de São Gabriel, Bagé e Santa Maria, Chagas lutou na Guerra dos Farrapos pelo lado republicano. Participou da primeira grande vitória dos rebeldes, a Batalha do Seival (10 de setembro de 1836), ocorrida nas proximidades de estância sua no atual município de Candiota
Segundo estimativa baseada no patrimônio de um de seus filhos, Januário Gonçalves das Chagas, o conjunto das propriedades rurais do Barão de Candiota deve ter superado os 500 mil hectares (cerca de 2% da área total do Rio Grande do Sul). Roque Callage observava em 1929 que o Barão poderia ir das coxilhas de Santa Maria à cidade de Bagé "sem pisar fora dos seus campos".
Em 1865, Chagas forneceu a escolta do Imperador Pedro II em sua visita ao Rio Grande do Sul por ocasião da Guerra do Paraguai. Naquele mesmo ano, organizou regimento de cavalaria para lutar pela Tríplice Aliança. Por seus serviços ao Brasil durante o conflito, foi agraciado por Pedro II com o título de Barão de Candiota, em 20 de março de 1875

Pesquisadores Resgatam a História do Coronel Manoel Lucas de Oliveira


Por Cássio Lopes

Manoel Lucas de Oliveira nasceu em Povo Novo em 29 de janeiro de 1797. Falecendo em Rio Grande em 1874. Estancieiro nas proximidades do Arroio Candiota, era casado com sua sobrinha Inês Lucas de Oliveira. Combateu na Revolução Farroupilha em várias importantes batalhas, como um dos principais líderes da Revolução no Rio Grande do Sul, entre elas a batalha do Seival, quando depois da vitória, ajudou a convencer o comandante Antônio de Sousa Netto a proclamar a República Rio-Grandense, nos campos dos Meneses, as margens do Arroio Jaguarão, declarando assim separado o Rio Grande do Sul do Império do Brasil em 11 de setembro de 1836. Foi capturado em 25 de março de 1840, junto com Onofre Pires, perto da Quinta do Bibiano, margem direita do Rio Jacuí, junto com 60 infantes, 4 carretas de fazendas, 2 peças de Artilharia e munição. Foi depois libertado em troca de prisioneiros. Em São Lourenço do Sul, na localidade de Boqueirão, venceu batalha contra a tropa do imperial Francisco Pedro de Abreu. Foi ministro  da República Rio-Grandense e terminou a revoluçção no posto de coronel. Assinou uma das três declarações de paz, firmada em 28 de fevereiro de 1845, em nome de Gomes Jardim, presidente da República Rio-Grandense, encerrando a revolução de mais de 9 anos. Em 1847 foi nomeado Coronel da Guarda Nacional e comandante dos municípios de Piratini, Bagé e Jaguarão. Foi eleito deputado provincial na 3ª Legislatura da Assembléia do Rio Grande do Sul, em 1848. Depois foi responsável pela organização do primeiro corpo de Voluntários da Pátria para Guerra do Paraguai em 1865. Também participou como comandante de uma brigada de reserva nas Guerras Platinas contra Oribe e Rosas.
 Manoel foi pioneiro na produção de minério na região, em 06 de julho de 1865, assim relata em seu diário: “Hoje está melhor a atmosfera eu vou ir a Caleira. Fui e vi a metade da pedra do forno está calcinada e amanhã vão começar a recolhê-la. Vim com o Sebastião pela pedreira nova e tirou umas pedras para fazer a experiência; eu trouxe também. À noite ocupei-me a fazer um calculo sobre as despesas e rendimentos que pode ter a Caleira em um ano, fazendo duas fornadas de dois em dois meses, e achei dar livre de despesas, a todos juntos= 4.788 patacões, e cada um dos três, 1.596. Trabalhando com quatro peões bons e efetivos, dando a cada um para o etape – meio patacão diário e de salário, dez patacões por mês”. Cássio Lopes, presidente do Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota, destaca quem quiser conhecer as caleiras, as mesmas localizam-se no assentamento do Passo do Tigre, a margem direita do Arroio Candiota, próximo a Cimbagé.

Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota Recebe livros de historiador Bageense.


Por Cássio Lopes

Após breve contato com Maria Bartira Taborda, filha do renomado historiador Tarcisio Antônio Costa Taborda, Cássio Lopes presidente do Núcleo de Pesquisas Históricas de Candiota, salientou o interesse da entidade em adquirir os livros do pesquisador. Algumas semanas após, para surpresa de todos, Bartira, consegui boa parte da obra de seu pai, a qual fez a questão de doar o acervo para os Pesquisadores Candiotenses. Tarcísio Antonio Costa Taborda foi historiador, professor e escritor, nasceu em Bagé em 13.07.1928 / 13.03.1994. Filho de Áttila Taborda e de Julia Costa Taborda. Exerceu entre 1951/55, o magistério secundário nos Ginásios Espírito Santo, Profª Melanie Granier e Colégio N. S. Auxiliadora, lecionando História do Brasil, Elementos de Economia Política, Português e Latim. Em 1952, foi bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do RGS. Exerceu o magistério superior nas Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras e de Direito na FunBA (Faculdades Unidas de Bagé). Fundou em Bagé, o Museu Dom Diogo de Souza em 1955 e
Museu Patrício Corrêa da Câmara em 1970. Os Livros que foram doados para núcleo, são: “Bagé; Símbolos e Festas”(1990); “Bagé e a Revolução Farroupilha”(1985); “Perfis”(1998); “Datas Importantes de Bagé”; “Fontes para a História da Revolução de 1893”(1987); “Forte Santa Tecla”; “Abolição da Escravatura em Bagé”(1984) e “Bagé para Sempre”(1981). Agradeço Bartira pela doação dos livros, os mesmos serão de grande valia para nossas pesquisas”. Completa Cássio Lopes.